RITMO DE COSTUREIRA E MÉTODO DO PROCESSO

 

Existem dois fatores que contribuem sobremaneira nos resultados da produção, são eles – ritmo da operadora e o método operacional.

Tenho dito frequentemente que costureira sem ritmo de trabalho não serve para produção, pois o tempo das operações aumenta consideravelmente, comprometendo os resultados.

Assim como o método de se fazer a operação tem tudo a haver com os resultados.

É muito comum encontrarmos várias costureiras fazendo a mesma operação de formas diferentes. Cada uma se defende dizendo – “esse é o meu jeito de fazer”. Não tem o “meu jeito”, mas sim o jeito correto. Evidentemente que o “jeito correto” é aquele que consome menos tempo.

Seu cronometrista poderá facilmente determinar a melhor maneira de fazer a operação. Isso é padronização de operações. Tempo é custo, a briga da produção é contra o relógio e dessa forma deveremos fazer um trabalho no setor produtivo que reduza tempos das operações para podermos ser competitivos. Trabalho de engenharia de produção, coisa que não tenho visto as empresas investirem. Muitas vezes perdemos um pedido por centavos...

Quanto a costureira sem ritmo, não preciso provar o óbvio...

MÃO DE OBRA MAL APROVEITADA

 

Muitas confecções possuem ótimas costureiras, mas seus resultados não são satisfatórios. Isso se dá pelo fato de serem mal aproveitadas pela liderança operacional.

Quando não se tem um equilíbrio no fluxo operacional esse fenômeno é muito comum, pois as costureiras acabam trabalhando em operações que não resultam em “produto final” e daí os acúmulos intermediários bloqueiam a saída do “produto pronto”.

O que contribuem para esse fato é a diferença entre os tempos das operações, pois os minutos necessários para que cada operação realize o mesmo número de peças acaba não acontecendo. Explico: - Se minha meta do produto final é de 50 peças por hora e tenho uma operação A com 0,50 minuto, significa que precisarei trabalhar 25 minutos e se tenho uma operação B com 1,50 minuto, significa que nessa operação preciso de 75 minutos para fabricar as mesmas 50 peças que realizei em A., Mas, a liderança não obedeceu essa receita e consequentemente desiquilibrou o fluxo. Resultado – mão de obra mal aproveitada.

Não podemos nos esquecer que o custo de fabricação é de fundamental importância para vencermos a concorrência, no que tange à preços.

O sucesso do seu negócio está no triple, que Ford nos ensinou – produto com qualidade, CUSTOS OPERACIONAIS BAIXOS e melhores profissionais. Não basta termos ótimas costureiras, precisamos saber aproveitar esse diferencial...

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A ORGANIZAÇÃO NO AMBIENTE FABRIL

 Apesar de ser difícil de quantificar, a organização dentro da confecção é algo que contribui para que os resultados finais sejam satisfatórios, com certeza.

 Quando se trabalha num ambiente onde cada coisa tem seu lugar certo e definido, perde-se menos tempo.

Apesar de ser obvio, nem sempre essa “regra” é obedecida pela maioria das fábricas, talvez justamente por ser difícil de se mensurar a perda. Estamos habituados a considerar perda simplesmente aquilo que podemos medir. Um erro, pois a “bagunça generalizada” dentro da fábrica compromete resultados.

Poderemos criar um padrão de conduta para tal organização, muito embora, nada disso tenha valor se a gestão da fábrica não for rigorosa nessa filosofia de trabalho.

Sugiro a montagem de um sistema Kanban de abastecimento, pois ele, através de suas técnicas poderá conduzir corretamente a “ordem” dentro do processo de fabricação.

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