Costumo comparar o retrabalho, na produção, com uma doença
que em silêncio vai minando as forças das suas vítimas. Me arrisco a dizer que
não existe um inimigo maior na produção do que uma peça com defeito.
Vamos combinar que fazer uma operação bem-feita ou com
defeito, o tempo operacional é o mesmo, porém quando produzimos com defeito
teremos que desmanchá-la e novamente produzi-la. Isso significa multiplicar o
tempo da operação por quatro ou cinco vezes, seguramente. Portanto ter
qualidade sem comprometer o custo operacional é fazer bem-feito na primeira
vez, até porque mesmo que a “revisora” detecte o defeito e impeça que ela
vá parar na mão do cliente, seu custo de retrabalho aconteceu.
Acontece que geralmente só faz parte das estatísticas de
peças com defeito aquela que depois de finalizada é detectada pela revisão. O
grande problema são aquelas peças que vão sendo desmanchadas no meio do
processo produtivo e não chega a ser finalizada. Não entrou nessa estatística,
mas “roubou” tempo, pois precisou ser refeita, quando a própria costureira
percebeu o defeito e retrabalhou, para consertá-la.
Muitas vezes a eficiência do grupo de trabalho está baixa e
uma das razões pode ser o desmanche demasiado que está acontecendo sem que ninguém
se atente à esse problema, pois a costureira imediatamente à consertou.
Vou passar uma dica importante!
Toda vez que uma costureira está com a tesoura na mão, isso
pode ser sintoma de desmanche de peças. Você como líder de produção deverá
observar com muita atenção esse fenômeno...
Costureira tem que costurar, nunca desmanchar...
Melhore sua qualidade que automaticamente sua eficiência
melhorará.
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