Costumamos cometer um grande erro quando confundimos ritmo
com falta de prática de uma costureira.
A falta de prática em uma máquina ou em uma operação não
significa que a costureira tenha que fazer de forma lenta a operação, muito
pelo contrário, deverá cobrir a deficiência técnica com mais rapidez em
manusear a peça.
Toda operação é composta de dois elementos – o primeiro é o
tempo da operação propriamente dita, o segundo é o tempo de manuseio da peça.
De uma maneira geral a maioria dos casos o tempo de manuseio é superior ao
tempo da costura. Sendo assim, a costureira que não estiver treinada numa
operação deverá manusear a peça com mais ritmo, ou seja, a velocidade desse
manuseio cobre parte do tempo que naturalmente será maior na costura.
Acontece que a falta de visão da liderança costuma passar
por cima do fato, como se a costureira aprendiz não tivesse compromisso com o
ritmo de trabalho.
Não podemos nos esquecer que o ritmo da costureira é o
terceiro mandamento da produção, desta forma exigindo uma atenção redobrada da
líder do setor, pois quanto mais distante o tempo real estiver do tempo padrão,
maior será a dificuldade em se atingir as metas traçadas.
É necessário ficar claro o que estamos chamando de ritmo de
trabalho! O ritmo nada tem a ver com conhecimento ou prática na operação, mas
sim, com a velocidade e frequência nos movimentos que essa costureira emprega
ao fazer essa operação.
Analisar o ritmo da operadora nem sempre é muito simples,
será necessário que além da líder, um cronoanalista possa fazer um estudo e
criar padrões para tal. Nunca é demais dizer que não existe o tempo da
operadora, mas sim o tempo da operação. É por essa razão que chamamos de tempo
padrão. Um cuidado que o cronometrista deverá tomar é saber quem é a costureira
ideal para se determinar o tempo da operação. Ele deverá escolher a costureira
que tenha conhecimento dessa operação e acima de tudo tenha movimentos
constantes e frequentes para executar tal tarefa.