sexta-feira, 29 de agosto de 2014

A FALTA DE RESULTADOS NA PRODUÇÃO

As variáveis no processo produtivo podem ser inúmeras! Elas são as responsáveis, muitas vezes, pelos maus resultados. Quando metas não são alcançadas, geralmente o piso da fábrica acaba sendo responsabilizado e na maioria das vezes isso não é verdade, pois a pré-produção tem um peso grande nesse fracasso.
Não estamos, de forma nenhuma, isentando a responsabilidade do piso de fábrica, mas da mesma forma, não queremos ser injustos. Sendo assim, deveremos separar os possíveis problemas causados pelas costureiras e outros causados pelos administradores dos grupos de trabalho.

Problemas causados pelo piso de fábrica =
a)      Falta de ritmo de costureiras.
b)      Falta vontade de fazer bem feito.

Problemas causados pelos administradores da produção=
a)      Falta de motivação da equipe.
b)      Falta de treinamento das operadoras.
c)      Falta de planejamento.
d)      A não obediência às regras adotadas pela própria administração.
e)      Falta de conhecimento técnico.
f)        Pouca capacidade de absorver treinamento (líderes).
g)      Liderança com visão errada de produção. Advogam em favor da operação e não do produto final.
h)       Outros conforme a característica das empresas.

Portanto, poderemos mostrar que o resultado negativo tem muito mais a haver com a condução da equipe do que propriamente com a equipe. Nesse caso, detectado o problema, troca-se a chefia e resolve-se o assunto. Nem sempre é assim, temos também que colocar nessa “panela” de incompetência a postura da direção da empresa que por sua vez deveria acompanhar o dia a dia da sua fábrica, mas limita-se a reclamar e não se “envolve”, além do mais não tem atitude diante de tanta incompetência. Reclama no fim do mês, pois é em seu bolso que vai doer, mas geralmente tudo fica como antes e o próximo mês repete a dose.

Está faltando controle da empresa. Está pagando para alguém fazer! Isso é verdade, porém se esse alguém não faz...

A única chance de se obter resultados positivos é o controle. É ter ferramentas rápidas que permitam corrigir qualquer desvio de números. O acompanhamento preciso e verdadeiro da produção é o caminho que permitirá as correções na hora certa, é o que fará com que a empresa possa seguir as regras que foram pré-estabelecidas. Comumente encontramos empresas onde o tempo faz com que os relatórios e controles se percam, deixem de ser feitos, ser lidos e analisados, o que quase sempre mascara resultados ao longo do período de análise. Costumo dizer que a culpa é sempre do encarregado, o que não deixa de ser verdade, mas a escolha do encarregado (que, aliás, foi feita pela direção da empresa) tem tudo a haver com os resultados, pois encarregado com “cabeça pequena”, pouco poder de assimilação, lento, sem garra e sem conhecimento do processo é um desastre!

Aí, nesse caso a culpa não foi do encarregado, mas sim do encarregado do encarregado...

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

O GRUPO DE PRODUÇÃO EFICIENTE


Não basta ter as melhores costureiras do mundo para que esse grupo obtenha os melhores resultados. O que estou querendo afirmar que o conjunto sempre prevalece sobre o individualismo.

Acostumei-me a ver grupos com costureiras excelentes e resultados desastrosos. Porque esse fenômeno é comum na maioria das nossas confecções? Poderei responder que muitas são as razões, mas o mais comum relato aqui:-

1)      Por ser um grupo com costureiras ótimas, não existe humildade, mas sim um estrelismo muito grande que chega a ficar acima do profissionalismo. Cada uma se acha a melhor, causando uma disputa interna que prejudica totalmente o resultado.

2)      Apesar de existir uma boa polivalência nessa equipe, as costureiras costumam se acomodar e tendem a fazer o que lhe é mais conveniente e não em busca de resultados para a equipe.

3)      Geralmente não gostam de obedecer a uma receita de fabricação pré-estabelecida e desta forma acabam “matando” o equilíbrio das operações, gerando assim acúmulos intermediários.

4)      A líder, por sua vez, acaba ficando refém das costureiras, não tem atitudes diante dos problemas e não cobra ninguém, pois tem medo de “perder” uma dessas estrelas. Para conduzir um grupo com ótimas costureiras, só uma ótima líder.

5)      O grupo para obter uma boa performance precisa ter conjunto, todas deverão estar voltadas para um único objetivo que é o resultado. Posso comparar essa situação com um time de futebol que possui os melhores jogadores do mundo, mas não conseguem ganhar o campeonato, pois não tem conjunto.

6)      Não podemos deixar de responsabilizar os administradores da produção que por estarem diante de um grupo acima da média acaba não tendo um controle mais forte, achando que esse grupo não precisa ser cobrado e desta forma não motiva a equipe (lembrar que a falta de cobrança é um forte desmotivador).

7)      Tudo isso acaba por resultar na falta de regras, onde cresce o absenteísmo e mais uma vez está instalado um ambiente que não favorece resultados.

Não se esqueçam de que estamos falando num grupo com ótimas costureiras tecnicamente, mas que provavelmente não são tão boas funcionárias.

Não estou querendo com isso afirmar que não deveremos ter um ótimo grupo de costureiras, mas acima de tudo saber utilizar corretamente esse grupo.

Diante desse quadro advogo em favor de um forte treinamento nos lideres e encarregados de produção, pois serão eles os agentes de mudanças na empresa, serão eles que poderão realmente fazer com que esse grupo se torne vencedor, não somente na individualidade das costureiras, mas na força do conjunto para obter resultados expressivos.

 

 

                                                          

 

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

PROFISSIONAIS E PROFISSIONAIS


Já escrevi anteriormente que o baixo nível dos profissionais que encontramos nos dias de hoje é fruto de escola fraca que esses mesmos profissionais freqüentaram no passado. Quero acrescentar a essa afirmação algo que não depende da fragilidade da escola, mas sim do ser humano.

Eu afirmo que antes do profissional vem a pessoa. Você certamente encontrará boas pessoas que não conseguem ser bons profissionais, mas jamais encontrará um bom profissional que não seja, antes, uma boa pessoa.

Vamos a um exemplo. Quando o estudante se forma em medicina, ele promete e faz juras e mais juras de profissionalismo, dizendo em alto e bom tom que honrará a profissão, colocará seus serviços à disposição do próximo e tantas babaquizes mais, mas no dia a dia do seu “trabalho” muitos desses profissionais se esquecem com facilidade desse juramento. Afirmo que isso nada tem a haver com a escola que ele freqüentou, mas sim dele “médico” e “gente”!

Quando um paciente busca o auxílio de um médico, naturalmente está fragilizado pela doença, esperando que esse profissional além de ajudá-lo com seus remédios o conforte psicologicamente, ele espera no mínimo um amigo. E o que acontece nesse momento? Esse “médico” se haja autoridade, humilha e trata seu paciente com se fosse inferior (geralmente esse fato ocorre com pessoas humildes, pois quando se depara com pessoas esclarecidas, seu comportamento muda).

Mau caráter! Deveria ser denunciado no conselho médico, por mau comportamento e não ter postura adequada. Não tem preparo para trabalhar com pessoas, esse, chamo de mal profissional.

Evidente que encontramos médicos amigos, que confortam seus pacientes, que além de serem ótimos em conhecimento são pessoas que sabem lidar com “gente”. Esses são os bons profissionais.

Tanto na medicina quanto em qualquer outra profissão encontramos profissionais e... profissionais.

O homem que evoluiu tanto em certos campos parece que ainda não aprendeu o que realmente tem importância na vida... Posso ajudá-lo – dignidade, emoção, fraternidade, caráter, enfim tudo aquilo que não podemos pegar, mas temos muito a dar.

O mundo está perdido? Não, muito embora de cada cem pessoas, noventa e nove são assim, mas aquela única que completa os cem é tão grandiosa, tão grande que vale pelos noventa e nove podres...

 

 

 

                                                                                                                                                                    

 

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

CURSO DE PRODUÇÃO

CURSO DE PRODUÇÃO
Objetivo – Preparar gerentes, supervisores e líderes de produção.
PROGRAMA
A liderança – seu papel, sua importância e como obter melhores resultados na produção.
Motivação – técnicas motivacionais.
A técnica – Carga de máquinas, carga de mão de obra, metas, receitas de fabricação, layout.
Os dez mandamentos da produção. Suas técnicas, sua aplicação.
DATA– 30 de agosto de 2014.
LOCAL– Rua Olavo Egidio, 420 – Santana – São Paulo- Hotel Brasília (próximo a estação Cruzeiro do Sul do metrô).
HORÁRIO – 8,30 as 17 horas
VALORES – R$ 400,00 por pessoa. Empresas com 4 ou mais participantes terão desconto de 10% em todas as inscrições.
INSCRIÇÕES – e-mail jrsconsultoria@terra.com.br




sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O GIGANTE ADORMECIDO


Hoje senti vontade de desabafar...
Não falarei de produção, muito embora meu assunto acabe refletindo em nossas fábricas.
Vou falar desse “tal” gigante adormecido que ouço desde criança. Que gigante adormecido é esse que nunca acorda? Ou será que morreu e achamos que está dormindo?
Não é possível que um país privilegiado naturalmente não saiba aproveitar os presentes que ganhou de um Deus bondoso.
Será que estou exagerando? Acredito que não, caro leitor. Vamos fazer um teste. Farei três perguntas e se você responder sim ao menos em uma delas, aí sim estarei extrapolando os limites de um cidadão inconformado com as barbaridades que me canso de assistir no nosso dia a dia. Vamos lá. Primeira pergunta – Temos educação em nosso país? Claro que não! Faltam escolas e as que temos são tão fracas que “entopem” o mercado de péssimos profissionais. Segunda pergunta – Temos saúde? Mais uma vez a resposta é não! Cansamo-nos de ver hospitais sendo fechados, pacientes morrendo nos corredores e uma população sem condições de tratamentos médicos. Terceira pergunta – Temos segurança? De novo - não! É mais seguro viver na faixa de Gaza do que viver em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo.
E aí gigante, não vai acordar?
Durante seis décadas estou esperando, mas pelo visto nem meus filhos e netos terão o prazer de ver esse eterno “dorminhoco” reagir!
Lamentável...