sexta-feira, 30 de outubro de 2015

NOSSAS FÁBRICAS EM MÃOS DE CURIOSOS

Não é a primeira vez que afirmo que os gerentes que administram nossas confecções são quase que na tonalidade incompetentes, que não sabem sequer elaborar um custo operacional, pois se isso não fosse verdade não teríamos tantas empresas passando por dificuldades financeiras, não que isso seja o único problema.

É bem verdade e todos sabem que o país está “quebrado” e como outros setores a indústria de confecção está vivendo de migalhas, com raras exceções. O governo pode ser o grande responsável pela maior fatia da “desgraça”, porém não podemos nos esquecer da péssima gestão dessas empresas que com seus profissionais incapazes contribuem para que o fundo do poço chegue mais rápido.

É importante salientar que deveríamos (principalmente em épocas de crise) ter custos operacionais bem enxutos e isso é possível com organização e produtividade elevada. Aliás a única maneira de reduzir custos operacionais é o melhor aproveitamento dos recursos, tanto de equipamento quanto principalmente mão de obra, mas com esses incompetentes gerentes que as confecções têm acaba ficando impossível tal tarefa. Pobre empresa! Não tem como sair dessa situação, pois tem dois grandes inimigos – o governo e seu gerente incapaz.

O pior é que esse gerente acredita que sabe mais do que realmente sabe e desta forma insiste em cometer erros infantis que certamente levarão à empresa a viver momentos de terror.

Senhor empresário meu conselho é que escolha bem seu gerente de fábrica, pois ele poderá salvá-lo ou colocá-lo em enroscada fatal. Infelizmente a grande maioria desses profissionais tem a vaidade muito maior do que a competência e seu grau de profissionalismo é muito perto de zero. Contrate bem, pague bem. Lembre-se profissional bom deve ser bem remunerado.


Nunca esquecer que o barato sai caro. Nenhum bom gerente tem salário miserável, como tenho visto.

 Se o profissional é bom deve ser valorizado e uma boa maneira de valorizar seu gerente é pagar o que vale... 

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

É PROIBIDO FALAR EM CRISE...

Não temos como nos enganar, que o país passa por uma situação crítica todos sabemos, mas acontece que ficar reclamando dessa crise nada vai mudar. Sendo assim o que fazer?

Precisamos buscar oportunidades ou talvez criá-las.

O caminho para combater esse tipo de situação é buscar algo novo. Inove, tente diferente e você poderá se beneficiar de um momento ruim...

Pode acreditar que grandes empresas aproveitam as épocas de “vacas magras” para crescer. Crescer com os pés no chão, crescer com trabalho, crescer com inovações até mesmo no seu processo produtivo.

Precisamos melhorar a qualidade do produto, precisamos praticar preços mais baixos e tudo isso só é possível com produtividade, comprometimento do seu colaborador, com novas técnicas.

É possível! Pare de chorar pelos cantos dizendo que é o fim. Talvez seja o fim de um trabalho ineficiente e amador. É hora de melhorar as condições de trabalho, também é hora de treinar seu pessoal mais fortemente para que os resultados sejam alcançados...

Enfim, é agora...


sexta-feira, 16 de outubro de 2015

QUANTO CUSTA ENTREGAR O PEDIDO NA DATA CERTA?

Estou cansado de ouvir o gerente ou mesmo o empresário se gabar por nunca ter atrasado a entrega de um pedido. Grande coisa!

Exatamente, grande coisa, pois pergunto se essa pessoa que fez essa afirmação sabe o quanto custou entregar “em dia”.

Tenho visto que algumas confecções fazem absurdos para entregar a mercadoria na data desejada pelo cliente, muito embora quebram todas as regras que advogam em favor de custo operacional. Tenho visto coisas inacreditáveis, tais como parar todas as costureiras de suas tarefas para “ajudar” o setor de acabamento ou embalagem, fazendo verdadeiro mutirão porque o tempo está “estrangulado”.

Ótimo, conseguimos entregar na data prevista... Agora vamos voltar as atividades “normais” e com certeza esse atraso (as costureiras pararam) vai comprometer o próximo pedido que de uma forma ou outra também sofrerá essa interrupção absurda.

Entregar pedido na data correta é obrigação da empresa. Para isso acontecer sem traumas é necessário PLANEJAMENTO, que aliás é o grande problema da maioria das nossas confecções.

Infelizmente encontramos fábricas sendo administradas por “curiosos” que nada entendem de gestão e lamentavelmente a consequência dessa barbaridade é “fechar o mês no vermelho”...

Eles merecem...


sexta-feira, 9 de outubro de 2015

O ACÚMULO INTERMEDIÁRIO

A filosofia do Just-in-time é antes de mais nada matar acúmulos ou estoques de qualquer espécie. Isso vale para matéria prima, aviamentos, produtos prontos ou em processo. Quando falamos em produtos em processo significa que não poderemos ter acúmulos de peças entre as etapas produtivas.

Se formos mais diretamente para o setor de costura queremos dizer não é admissível ter peças paradas entre as máquinas. Que as operações têm tempos diferentes já falamos aqui por diversas vezes, mas isso não justifica que uma operação deve ser feita a mais que outra, só porque é mais simples.

Também estou sendo repetitivo quando digo que produção é peça pronta, que produzir é produto e não operação, pois acompanhe meu raciocínio – se produzirmos uma determinada operação em desiquilíbrio com outras, simplesmente gastamos mão de obra desnecessária e esse tempo gasto a mais nessa operação (que gerou acúmulo no processo) faltou na outra que deixou de ser feita.

Aprenda a descobrir o verdadeiro problema quando existe aquela quantidade de peças a mais em determinada fase da costura. Veja o exemplo abaixo.

Tenho um acúmulo entre as operações A e B. Visivelmente podemos constatar esse problema. 

Certamente esse fenômeno aconteceu porque a operação A fez um número maior de peças que a operação B comportaria, ou ainda a operadora de B não foi eficiente para realizar a operação no tempo padrão. Seja como for, temos um problema de acúmulo de peças entre as operações. Seu custo se elevou, pois, jogamos fora mão de obra.

Toda vez que uma costureira executa uma operação e essa entra numa fila de espera, perdemos. Just-in-time.

Acontece que o acúmulo intermediário é um tampão para a ineficiência do sistema, pois até já ouvi lideres defendendo essas “peças a mais” dizendo que “se acontecer algo imprevisto” já tenho uma compensação. Ora, minha gente, estamos admitindo algo errado? Na verdade, o que está faltando são as atitudes rápidas para sairmos de “acidentes “que se apresentam em nosso cotidiano. Isso é mais ou menos o mesmo que dizer - vou comprar um par de muletas porque “pode ser que amanhã eu quebre a perna”.  Absurdo!

Tudo isso é custo!

Só para lembrar – você pode perder um pedido por centavos e nada justifica que o processo produtivo seja “inchado” com acúmulos de peças desnecessárias entre as máquinas.

Você sempre terá dois caminhos a escolher –
1.       Acumule peças e pague pela ineficiência ou
2.       Seja rápido, eficiente e acompanhe o processo passo a passo para fazer as operações de forma equilibradas.

Tenha uma boa escolha...



quinta-feira, 1 de outubro de 2015

UM PCP SOMENTE BUROCRÁTICO


Parto da premissa que o profissional de PCP não pode simplesmente atuar uma sala com ar condicionado e atrás de um computador, sentado numa cadeira confortável agindo apenas com números que “imagina” que estão acontecendo.

O bom profissional nessa área é aquele que acompanha a produção em todos seus movimentos, mas “in loco”, pois os desvios em seu planejamento é uma coisa natural e só percebida quando acompanhados de perto.

Encontro, com certa frequência, administradores do PCP que nem sequer analisam os gargalos produtivos ou até mesmo nem conseguem enxergar o potencial do seu operacional. Lamentável, pois com certeza a falta de visão provocará uma distância grande entre o planejamento e o que realmente está acontecendo na produção.

Infelizmente a maioria dos “gerentes” de PCP ainda não percebeu que sua função não se limita em fazer relatórios maravilhosos que deixam de ser eficientes pela falta de informação e acompanhamento do processo.

A prova de que não estou exagerando está no fato de frequentemente o serviço entrar na produção sem os devidos aviamentos e ainda por cima esse “gerente” diz à encarregada – “vai adiantando que logo o aviamento chega”. Sabe como chamo esse senhor que se diz gerente – cego. Não tem nenhum conhecimento em produção, mas geralmente se diz apto a exercer uma das principais funções dentro da fábrica. Coitada dessa empresa...

Para concluir quero externar meu pensamento em relação a esse profissional – “meu gerente de PCP deverá ser aquele que tem conhecimento do processo produtivo e trabalhe em conjunto com o operacional”.