CADA COISA EM SEU LUGAR

Não me venha falar – “Tem que fazer”...

Sempre deverá ser feito o que a capacidade instalada permite.

Explico – muitos gestores confundem – necessidade com capacidade. Erro grave!

Tenho visto grupos de produção maravilhosos, com eficiências em alta performance, mas sempre algum gestor mal informado “cobrando” esse grupo, pois mesmo com números fantásticos na produção isso ainda não paga o baixo preço que o setor comercial praticou.

Uma coisa é diferente da outra. A produção cuida do processo produtivo, a área comercial cuida de outros detalhes, como por exemplo o preço desse produto.

Existem confecções que acham que farão milagres, querem produtos elaborados por preço de produto simples. Tudo tem um preço.

Nesse caso é necessário um estudo do grau de dificuldade do produto. Se quisermos atender um preço mais baixo nesse produto, deveremos “enxugar” o processo de fabricação. Diminuir o tempo padrão. Isso poderá ser feito com redução de processos ou até mesmo utilizar equipamento mais sofisticado, NUNCA QUERENDO FAZER 70 PEÇAS POR HORA, QUANDO ESSA OPERAÇÃO FOR 1 MINUTO.

O que não poderemos nunca é cobrar o setor que está com bom desempenho, mas sim definir uma política de preços mais adequada. Vou até mais longe dizendo que é melhor não ter esse pedido do que trabalhar no vermelho... Vejo muitas empresas que costumam trabalhar “fazendo de contas” que está tudo bem, desviando seu objetivo principal – O LUCRO.

ORGANIZAÇÃO - PONTO FUNDAMENTAL PARA BONS RESULTADOS

A indústria de confecção é conhecida por ser, geralmente, “bagunçada”. Isso já se tornou um tabu. Até parece que faz parte da fábrica, é uma coisa que poucos gestores se incomodam, talvez por não perceberem que essa bagunça total também têm um reflexo nos resultados.

Não preciso falar que organização deve fazer parte da cadeia produtiva. Como é coisa difícil de se quantificar, acaba passando despercebido. Realmente é difícil identificar o quanto essa desorganização está impactando nos resultados, porém afirmo que é grande a perda.

Quando se entra num setor de corte ou costura de uma confecção, fica fácil determinar isso que chamamos de bagunça. Tecido por toda parte, linha jogada por todos os lados, peças com defeito para serem arrumadas, aviamentos espalhados, resíduos de tecidos, restos de insumos, caixas de papelão espalhadas. Enfim, tudo que impede de se enxergar o setor mais claramente.

Considero o “controle visual” de muita importância para bons resultados e quando a bagunça se instala, não podemos mais contar com esse que chamo de um dos principais controles que podemos utilizar. O Kanban que o diga!

Sendo assim, aconselho que antes de mais nada, os gestores de produção se habituem a trabalhar organizados, pois esse é o primeiro passo para bons resultados...

A DIFERENÇA ENTRE O SUCESSO E O FRACASSO

Como consultor de produção, costumo fazer comparações entre meus clientes. Isso acaba sendo inevitável.

Me pergunto com frequência – “porque uma empresa tem sucesso absoluto em sua empreitada produtiva e outra é um total fracasso, muito embora produzam as mesmas coisas”.

O mais curioso que as respostas são sempre as mesmas – “as pessoas”.

Aquelas que conseguem resultados expressivos são as que investem em treinamento. Treinamento a todos os níveis – técnico e principalmente comportamental.

Quando buscamos um líder verdadeiro é preciso buscar algumas características nessa pessoa, como por exemplo – caráter, carisma, conhecimento de gestão de pessoas, conhecimento técnico, dinamismo, uma pessoa capaz de dominar e conduzir uma equipe e acima de tudo seja um exemplo para a equipe.

Pronto! Aí está a diferença nos resultados, pois tudo acaba sendo consequência desse elemento que chamamos de líder.

QUAL A VANTAGEM ?

Sabemos que o objetivo maior de uma empresa é o lucro. Creio que essa afirmação é inquestionável.

De nada adianta entregar o pedido na data certa se não obtivermos lucro. Digo isso porque estou acostumado a presenciar gestores se vangloriando da sua pontualidade nas entregas. Jogo um balde de água fria nesse gestor quando pergunto – “qual foi o custo de ser pontual nessa entrega”?

É obvio que entregar o produto conforme o combinado com o cliente é importantíssimo, porém não pode ser admissível que para isso a empresa tenha fugido do seu objetivo principal – o lucro.

Acreditem se quiserem, mas tenho visto costureiras pararem de costurar para ajudar na embalagem. Sabem o custo disso? “Efeito dominó” – o próximo pedido também será comprometido, pois a costureira não está costurando.

Isso tudo mostra falta de preparo desse gestor, falta de programação da administração, custo operacional elevado e além do mais comprometimento com os próximos pedidos.

O pior é que esse gestor “enche o peito” e diz – “ NUNCA ATRASAMOS NOSSOS PEDIDOS”.

E eu diria – grande coisa – quanto custou isso?