NOSSA, QUE HORROR DE PRODUÇÃO!!!!!!!

 

Infelizmente é uma frase muito usada pelo gestor da empresa, quando o dia se encerra.

Amanhã, ao final de mais um dia, a frase se repete. Depois de amanhã, idem, e assim por diante.

Por que as coisas se repetem é fácil de entender. Nada foi feito para se detectar as causas desse horror de produção, quanto mais as soluções. Obvio, se não sabemos os problemas, como solucioná-los?

Esse é o dia a dia de muitas confecções que existem por aí.

A falta de atitudes, a falta de ação para corrigir o que não vem bem, a falta de acompanhamento rápido. Com tanta falta assim, como resolver um problema que nem sabemos direito o que é?

Se uma meta não foi atingida, o primeiro caminho é saber o porquê!  Detecta-se o problema, busca a solução e acompanha o processo a fim de saber se o “remédio” tomado foi suficiente para tal correção de resultados.

Acontece que, nem sempre, os administradores da produção agem dessa forma...

Portanto a frase se repete, dia após dia.

Muitos são os problemas que alteram um resultado de produção, mas aconselho aos gestores buscarem soluções rápidas, a fim de que esse problema não ultrapasse os limites de tolerância.

 

 

TREINAMENTO - PARTE TRÊS

 

Nunca é demais falarmos em treinamento! Eu considero a base do sucesso de qualquer empresa.

Vivemos num mundo de transformações permanentes e dessa forma o “novo” faz parte de nossas vidas. Sendo assim, afirmo que deveremos estar em “eterno” treinamento, pois tudo que é novo exige aprendizado.

Já temos exemplos, mais que reais, que os times que forem melhor treinados sempre estarão na frente dos concorrentes.

Acontece que nem todo gestor gosta muito de investir em treinar sua equipe, talvez por ainda não ter percebido que não se trata de custo, mais sim de investimento. Sim posso afirmar que treinar não é aumento de custo, mas muito pelo contrário, é redução de custos, uma vez que seus funcionários estarão mais preparados para fazer “bem feito”, evitando assim um retrabalho que causará perda no processo produtivo.

Estatisticamente você pode comprovar que a maior perda no setor produtivo é o retrabalho. O inimigo número um da produtividade. Sempre digo que produzir com precisão, com relação à qualidade, ou executar essa tarefa com defeito, o tempo será o mesmo. Sendo assim, quando produzimos com defeito teremos três tempos – produzir com defeito, desmanchar o errado e produzir novamente. Tenham certeza que para peça errada, perdemos quatro ou cinco peças boas.

Então, vale a pena investir em treinamento ou você vai continuar achando que é custo?

Outro fator importante quando abordamos esse assunto é saber quem treinar. Não podemos queimar “vela boa com defunto ruim”, ou seja, precisamos saber quem é o treinando –

a)      Quer aprender?

b)      Tem capacidade de absorver o treinamento?

c)       Gosta do que faz?

d)      Qual seu objetivo em relação ao seu futuro na empresa?

e)      É comprometido?

f)       É uma boa pessoa? Lembrar sempre que para ser um bom profissional será necessário ser uma boa pessoa. Nunca vi um bom profissional que não fosse primeiramente uma boa pessoa.

Caso tudo isso não seja considerado, aí sim o treinamento será apenas custo...

 

 

 

 

TIME QUE ESTÁ GANHANDO NÃO SE MEXE!!!!

 

Existem certos ditados que só são repetidos por incompetentes!!!

Gostaria de saber quem foi o infeliz que criou esse ditado! Acredito que algum “acomodado”. Só pode ser!

Mentira! Precisamos sempre ganhar “melhor”.

O que chamo de melhor?  Ganhar com mais folga, pois pergunto até quando esse time vai ganhar? Se estivermos ganhando, mas com muito “sufoco”, a qualquer momento poderemos levar um “empate”, mas se estivermos ganhando com folga, teremos mais chance de suportar qualquer adversidade que é tão comum nas empresas, aqui nesse país.

A empresa de confecção é um poço de problemas. Problemas com funcionários, com fornecedor, com representantes, com clientes, enfim... Só problemas. Desta forma acredito que poderemos sempre estar prontos para os obstáculos que nos cercam, sendo assim, nunca nos acomodar, nunca desprezar as mudanças, pois elas é que nos ajudarão a ganhar esse jogo com mais facilidade...

PALAVRAS MÁGICAS NO PROCESSO PRODUTIVO

 

Frequentemente tenho dito que o grande segredo para se obter sucesso na produção é ter uma grande líder. Cada vez me conscientizo mais dessa tese, através da comparação de resultados que faço de empresa para empresa, como consultor.

O que chamo de líder competente? É aquela que traz na bagagem algumas palavras que chamo de mágicas, tais como: - atitude, comprometimento, ação, dinamismo, coragem, entre outras.

Atitude – Sempre será necessário quando precisar tomar decisões rápidas. Nunca se “esconder” e ficar reclamando pelas ocorrências que ao longo do dia se apresentam.

Comprometimento – É a base do sucesso de qualquer bom profissional! Nada acontecerá se não existir um comprometimento total e absoluto com relação à qualidade, produtividade, enfim resultados.

Ação – Costumo sempre perguntar – “o que fazer com o que não foi feito”? Muitas vezes os problemas comprometem resultados e desnorteiam nosso cotidiano, isso é comum em confecções. Sendo assim, é necessário que a liderança tenha ações imediatas para combater o mal momentâneo. Lideranças que agem assim que o problema se instala, obterão soluções mais rápidas.

Dinamismo – Líder precisa ser dinâmico na sua essência. Faz parte da personalidade desse profissional. Como cobrar, vibrar com bons resultados, passar uma energia positiva para a equipe se não for dinâmico? A dinâmica é fundamental para “acender” o grupo de trabalho.

Coragem – Líder bom, se expõe! Não tem medo de errar (muito embora também erre, porém nunca deixa de agir por falta de coragem). O erro faz parte, pois nem sempre acertamos nas decisões. Pior que o erro é a omissão, o medo da exposição (caso algo não sai à contento), o “faz de conta que não vi”.

Por essas razões que nem todos se arriscam a se aventurar nessa canoa de líder. Ser líder é algo especial, que só os especiais conseguem sucesso.

As palavras que mencionei acima fazem parte desse profissional. Nunca encontrei em minhas andanças, nas fábricas, nenhum líder que não fosse corajoso, que não fosse comprometido e que não tivesse em seu perfil a ousadia característica de liderança...

O CAMPEÃO DOS DESPERDÍCIOS

 

Basta falarmos em indústrias de confecção e já vem em nossa mente uma ideia de desperdícios. Infelizmente isso é uma realidade!

A perda na produção de uma confecção chega a ser assustadora. Perde-se em todos os sentidos – material e principalmente mão de obra. Desta forma vou considerar o campeão dos desperdícios a mão de obra jogada no “ralo”.

Perde-se quando a liderança ou mesmo a gerência não usa o talento das pessoas, perde-se quando se faz uma operação em desequilíbrio com outra, dando a oportunidade para se instalar os famosos acúmulos intermediários. Tudo isso colabora para a elevação dos custos de fabricação e torna a empresa fora da competição com concorrentes. Lamentavelmente os gestores não percebem ou mesmo não estão atentos aos estragos que esse fenômeno pode provocar.

Todo desperdício sempre vai ser grave e irrecuperável.

Mas se analisarmos o campeão desse mal, eu não posso deixar de citar o desperdício da mão de obra e ele vai aparecer em diversas facetas –

1.       Fazer operações em desequilíbrio.

2.       Qualidade ruim, provocando retrabalho.

3.       Equipamento inadequado para a operação e desta forma não utilizando corretamente o tempo da costureira.

4.       Falta de racionalização no método de se costurar.

5.       Outros fatores que aumentam o grau de fatiga exagerada da costureira, tais como – fábrica mal iluminada ou mesmo mal ventilada.

Seja como for, tudo isso considero desperdício de mão de obra.

Não estou aqui descartando os demais desperdícios como por exemplo, aquela etiqueta que vai para o lixo, aquele encaixe, no corte, que fez que permitiu um consumo de matéria prima acima do correto, o viés ou elástico que se perde nas máquinas, etc.

Nos dias de hoje, vejo empresas perdendo pedidos por centavos e dessa forma todo cuidado para eliminarmos esse mal vai ser de grande valia...

 

 

 

NÚMERO NÃO MENTE - PARTE 2

Se existe algo que poderemos, sempre, confiar é o número. Ele nunca mente, costuma mostrar a verdade, seja boa ou ruim.

E justamente por essa razão que muitos líderes de produção não gostam de relatórios, pois eles expõem a realidade. Líder fraco odeia gráfico de desempenho ou qualquer outro relatório que mostre sua performance. Compromete!

Desta forma toda vez que encontro um líder amaldiçoando controles, já sei, seus resultados são desastrosos.

Acontece que esse líder não está sabendo usar os números para corrigir-se, pois só assim conseguiria acertar o que não vêm bem, mas ele prefere “esconder” seu desempenho fingindo que tudo está correndo bem. Uma pena, pois muito provavelmente os números continuarão se mostrando ruins. Como disse anteriormente, número não mente.

Ah, mas existe uma maneira de “enganar” esse miserável número ruim, simples, manipular os resultados. Estão assustados? Que nada, é uma prática muito comum. Tenho visto liderança trabalhar com número “mentirosos”, porque ele (líder) o tornou mentiroso, só para dar uma satisfação para a sua diretoria. Acontece que nesses casos, muito embora os relatórios mostrem números satisfatórios, eles são mentirosos. O líder o tornou uma mentira.

Nunca se esquecer que um dia a “casa cai” e esses números mentirosos vão comprometer a saúde financeira da empresa, pois repito o número nunca mente. Quem mente são os líderes.

Portanto aconselho que o gestor ou diretor da empresa deva, com certa frequência, acompanhar mais de perto esses “resultados”...