segunda-feira, 27 de novembro de 2023

O RÍTMO DO TRABALHO

 

O operário que trabalha com produção deverá ter uma característica que tem um peso fundamental em sua performance. Estou falando de ritmo de trabalho. Ter operadores com bom ritmo de trabalho é fundamental para termos bons resultados.

Partindo do princípio de que o maior inimigo da produção é o relógio, jamais poderemos ter funcionários nesse setor que não sejam rápidos. Posso fazer uma operação em 1 minuto, assim como fazê-la em 2 minutos. A grande diferença estará no custo operacional.

Fazer bem-feito não significa fazer lentamente. Digo isso porque é comum ouvir uma costureira dizer -  “agora quer qualidade”, faço com qualidade ou faço rápido”?

Quem foi que disse que para fazer com qualidade tenho que fazer lentamente? Seria a mesma coisa que dizer a um piloto de formula um – “dirija direito, para não se acidentar, não precisa correr”... Absurdo! Esse corredor jamais será um campeão, posso afirmar...

Evidente que quando falo em produção estou falando de um produto com qualidade. O custo operacional está diretamente ligado à esse fator – o ritmo em que fazemos a peça.

Qualidade não se discute. É o principal argumento de venda, porém logo em segundo lugar vem o preço da peça e convenhamos, se não tivermos custos operacionais reduzidos, jamais seremos competitivos no mercado. Ter bons preços está diretamente ligado à quantidade de tempo gasto para fazer essa peça.

Ritmo é algo passivo de treinamento. Aquela costureira que quando vai costurar uma lateral, por exemplo, dá três ou quatro paradas na operação, quando deveria dar apenas duas, está contribuindo para o aumento do custo operacional, deverá ser mais bem treinada para um domínio melhor do equipamento, reduzindo as paradas.

Acontece que existem pessoas que, por natureza, são lentas. Essas não podem fazer parte do setor de produção. É muito comum encontrarmos uma piloteira (excelente costureira) não se adaptando à produção.

O ritmo do operador é tão importante que nos cursos de cronometragens é um capítulo à parte.

Meu conselho, antes de treinar alguém para se tornar uma costureira, primeiro veja se tem essa característica – o ritmo de trabalho...

 

 

 

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

FALANDO DE TREINAMENTO, MAIS UMA VEZ...

 

Sou um defensor daquele que um dia falou que o treinamento é o melhor investimento que uma empresa pode fazer.

Na minha vida de décadas trabalhando como consultor de produção pude ser testemunha, inúmeras vezes, que as empresas que têm sucesso são aquelas que encaram treinamento como investimento e nunca como um custo.

Tente obter, com uma equipe que não recebe treinamento a mesma performance com uma equipe que têm a oportunidade de ser frequentemente treinada. Impossível! Os resultados se mostrarão completamente diferentes.

Isso é um fato!

Acontece que infelizmente existem gestores que não conseguiram ainda enxergar esse fenômeno e se defendem argumentando que se treinar seu funcionário ele acaba indo trabalhar para um concorrente. Pura falta de visão desse empresário! Coitado, vai continuar com resultados medíocres e ainda acaba reclamando da falta de sorte!

Talvez ele até tenha tentado, em outra oportunidade, treinar alguém da sua empresa, porém não tomou alguns cuidados que deveremos ter quando falamos em treinamento. Vamos lá:-

Quando resolvermos investir nesse campo deveremos tomar alguns cuidados para que esse treinamento não se torne algo inútil, aqui vão algumas dicas:-

1.      É preciso saber quem você está treinamento.

a)      Essa pessoa quer receber esse treinamento?

b)     Essa pessoa tem potencial para absorver tal treinamento?

c)      É uma pessoa comprometida com os resultados da equipe?

d)     Qual é o sentimento de futuro desse funcionário, quanto a empresa?

e)     Por que razão você o escolheu para ser treinado?

2.      Qual é o benefício para a empresa em treiná-lo?

3.      Você acredita que a dedicação desse funcionário será plena em adquirir mais conhecimento?

4.      Ele tem grau de instrução (escolar) para esse tipo de aprendizado?

Se todas essas questões forem favoráveis, aí sim, inicia-se o treinamento, até porque se por ventura algum desses itens acima citados não forem favoráveis, nesse caso esse treinamento será “jogado fora” e tornar-se-á um custo.

Quem sabe foram por essas razões que tornaram esse gestor uma pessoa que acredita que não vale a pena treinar.

Procure um monitor que tenha o “dom” de ensinar e um “bom método” de ensino, agora sim, tudo pronto para colhermos um bom resultado, uma vez que estamos plantando uma boa semente.

Lembre-se da minha afirmação no início dessa matéria – “ As equipes treinadas são aquelas que obtém os melhores resultados”...

 

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

TIPOS DE COSTUREIRAS

 

Quando for contratar uma costureira, para sua confecção, não se esqueça que existem alguns itens fundamentais para aprová-la.

Em primeiro lugar sugiro que faça uma entrevista bastante forte para conhecer, em primeiro lugar, a pessoa e somente depois (através de um teste prático) testá-la tecnicamente.

Por que digo isso? Afirmo categoricamente que nem sempre uma boa costureira é uma boa funcionária. E aqui vai um conselho – primeiro se preocupe com a pessoa, depois com sua habilidade técnica.

Tenho visto costureiras maravilhosas quando estão diante de uma máquina de costura, porém seu comportamento, sua postura é altamente prejudicial à empresa, pois destilam “veneno” por todos os cantos da fábrica. Falam mal da empresa, conversam o dia todo, faltam com frequência, desestimulam as costureiras com menos habilidades, desafiam a liderança, acreditam, até por serem boas costureiras,  que podem fazer o que quiserem, não costumam seguir processos, acham que estão acima do bem e do mal. Essa costureira não quero em minha equipe, pois em pouco tempo a liderança estará refém dessa péssima funcionária.

Sendo assim, nunca procure a melhor costureira do mercado, mas a melhor pessoa, pois essa você transformará numa boa costureira, mas a ótima costureira tecnicamente você não mudará seu caráter...

Nunca esquecer que um processo admissional eficiente poderá, ao longo de tempo, transformar sua empresa...

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

O CUSTO DO RETRABALHO

 

Costumo comparar o retrabalho, na produção, com uma doença que em silêncio vai minando as forças das suas vítimas. Me arrisco a dizer que não existe um inimigo maior na produção do que uma peça com defeito.

Vamos combinar que fazer uma operação bem-feita ou com defeito, o tempo operacional é o mesmo, porém quando produzimos com defeito teremos que desmanchá-la e novamente produzi-la. Isso significa multiplicar o tempo da operação por quatro ou cinco vezes, seguramente. Portanto ter qualidade sem comprometer o custo operacional é fazer bem-feito na primeira vez, até porque mesmo que a “revisora” detecte o defeito e impeça que ela vá parar na mão do cliente, seu custo de retrabalho aconteceu.

Acontece que geralmente só faz parte das estatísticas de peças com defeito aquela que depois de finalizada é detectada pela revisão. O grande problema são aquelas peças que vão sendo desmanchadas no meio do processo produtivo e não chega a ser finalizada. Não entrou nessa estatística, mas “roubou” tempo, pois precisou ser refeita, quando a própria costureira percebeu o defeito e retrabalhou, para consertá-la.

Muitas vezes a eficiência do grupo de trabalho está baixa e uma das razões pode ser o desmanche demasiado que está acontecendo sem que ninguém se atente à esse problema, pois a costureira imediatamente à consertou.

Vou passar uma dica importante!

Toda vez que uma costureira está com a tesoura na mão, isso pode ser sintoma de desmanche de peças. Você como líder de produção deverá observar com muita atenção esse fenômeno...

Costureira tem que costurar, nunca desmanchar...

Melhore sua qualidade que automaticamente sua eficiência melhorará.

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

LIDER OU COSTUREIRA?

 

Geralmente quando uma confecção perde a “encarregada”, costuma-se buscar em alguma costureira a nova líder de produção. Até aí tudo bem, porém nunca se pode esquecer o treinamento para essa “nova encarregada”.

Acontece que, de um modo geral, esse treinamento não acontece e não necessariamente uma boa costureira será uma boa líder. Dificilmente essa costureira terá sucesso como líder, pois faltou o mais importante, o treinamento... Prepará-la para a nova função é o único caminho para o sucesso da mesma.

Precisamos entender que costureira é a responsável pela execução e a líder é a responsável pela administração do setor de costura, conduzindo o fluxo da mercadoria, as metas, os relatórios de produção e principalmente trabalhando uma receita de fabricação ideal para cada modelo. Como executar todas essas tarefas sem treinamento?

A tendência é que essa nova líder se torne uma vítima de uma gestão incompetente...